A título de curiosidade: Estou escrevendo um livro (aliás, estou odiando e revisando e remoendo um livro já escrito) e o trecho que segue é o primeiro parágrafo do meu projeto. Aviso: O pedaço, obviamente, está relacionado à continuação do texto, entretanto o livro é um romance e não uma reunião de filosofias de boteco, ao contrário do que a introdução poderia indicar.
A vida insossa nos oferece a tentação de um néctar mortal, do qual tendemos a beber com voracidade até cairmos, inertes, sobre o prato da longevidade. Ou então, dispensamos o doce, o embriagante, e engolimos em pequenos bocados a ração triste da qual dispomos, até que ela se exaura junto com a nossa irrelevância. Envenenar-se é tão essencial quanto nutrir-se, pois o prazer de viver é o nosso cianureto disfarçado de vinho. Matar-se contidamente, então, é a chave da plenitude humana. Equilíbrio. Eis o desafio.
(Continua. Ou não)
Não sei do que valeria minha opinião, mas... enfim, parece que começa pelo meio, bem, já que não está inteiro.
ResponderExcluirEnvenenar - gosto muito deste verbo.
Lucia obrigado pela visita.
ResponderExcluirsobre o possível livro, pela prosa, pela poesia, por tudo o que aqui as palavras mostram em capítulos, trechos, sonetos ou haikais a resposta já existe e só depende da escritora.
Incrível. Apesar dos comentários acima estarem pedindo uma continuação, eu sou a favor do provocar. Provocar a ânsia de mais no leitor, e assim, deixá-lo pensar.
ResponderExcluirEsse trecho esta maravilhoso do jeito que esta, parabéns (:
Maravilhoso, simplesmente, como de costume :)
ResponderExcluirContinue, por favor. Já tem o meu apoio. E quando publicá-lo, se precisar, eu divulgarei no meu blog.
ResponderExcluirAbraços.