domingo, 17 de outubro de 2010

Que venhas doido e doído
Doer comigo
Queimando em azul a centelha
Chama a insustentável chama
Nossos nomes
Nossas fomes
            Infames
Que venha tua boca à minha orelha
Sem pronunciar promessa
(Cada gesto meu ou teu confessa
Espera e pavor do amanhã)
Que esqueçamos, só um pouco
            - Embriagados nos braços um do outro -
Saber a paixão tão curta e vã
E mesmo sem delírios de amor
            Que venhas, querido. Por favor.

9 comentários:

  1. Lindo! é, além de inspirador, muito gratificante ler algo seu.

    adorei os versos 8 e 9!!

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  2. Obrigada pela visita e pelo gentil comentário, Lucia.

    Parabéns pelo espaço!

    Um abraço,
    Lou

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  3. Adorei o seu blog. Seus textos são de uma qualidade muito boa! Este em especial me lembou ao estilo da Hilda Hilst.

    Parabéns :)
    Beijos e ótima semana

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  4. Confesso que já estou com inveja da regularidade e do ótimo conteúdo das suas postagens. Hahaha. Eu trabalho em um tempo mais lento. Minha falta de regularidade é grande defeito.

    Em relação ao poema, acho justo se entregar aos desejos, mesmo que sem esperar um futuro ou algo em troca. Afinal, que mal há nisso?

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  5. Venha doer comigo, não se isole para sofrer, não quero sua vida editada.


    Abraço.

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