quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eu sou o tempo de que outro alguém? Futuro
Projeto do aqui, falha, fio de voz
Esmorecendo a cada novo escuro
Ou queimando a certeza de um após

Estive quem, segundo longo atrás?
Espio por sobre o ombro – Onde? Onde? Onde?
Se ontem mal ondulava minha paz
Agora agoura, foge, mente, esconde!

Espaço de infinito infinitivo
Para encontrar-te temo e sobrevivo
Víscera ou vácuo, caco de universo

No âmago meu, teu, céu de centro etéreo
Centelha o nada, estrela-mãe estéril
Cuspindo-nos o tudo todo ao inverso

5 comentários:

  1. Eu adorei esse desde a primeira vez que ouvi/vi!
    Adorei a parte que diz:
    "Espaço de infinito infinitivo
    Para encontrar-te temo e sobrevivo
    Víscera ou vácuo, caco de universo"
    Besos.

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  2. Minha poesia, é discreta...
    Nada exagerado.
    Se não gostou da minha poesia, era só ficar de boa.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Eu sou o tempo de que outro alguém? Futuro
    Projeto do aqui, falha, fio de voz
    Esmorecendo a cada novo escuro
    Ou queimando a certeza de um após.....

    Muito belo. Poema de molde filosófico. Bem pensadas as imagens, as palavras. Quase pessoano.
    Parabéns!

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