Perdi os contornos guardados
Na imensidão do Jamais
Do mar triste de chamados
Que me afoga e me desfaz
Ai, se eu quisesse querer
Os raios pálidos de amor
Prolongando o anoitecer
Ou meu sorriso anterior
Se eu trocasse o úmido pranto
Pelo vapor dum suspiro...
Esqueço, pouco me encanto
Já não espero, mas deliro...
Basta o nada? Nada basta
Minha apatia é só cinismo
É o tudo que me arrasta
Do (quase) anseio para o abismo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJá dizia Calvino que para vivenciar a leveza é necessário conhecer a experiência do peso. Um escultor chega até ela trabalhando diretamente na matéria bruta (que é o peso). E você transforma a massa muitas vezes concreta que é a linguagem em pequenas e tênues magnólias.
ResponderExcluir"Abismo, venha me buscar, eu já não sei te encontrar!" Me lembrou muito...
ResponderExcluirAdorei, mais uma vez!
um bom poema, boas rimas, ótimas questões.
ResponderExcluirno quesito surpreender você tem nota 10.
abraço