segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Que sou, se estou
                                   Aqui
E não caibo, como bem disse um amigo
Sou uma linha,
           um monstro,
             um figo?
Hediondo artigo
Indefinido?
            O brilho do mundo
            Que se vai
            A vida, a vida!
            Que se esvai.
           
O sentimento inesperado
Que bebe o grito
Da surpresa?
            Presa na Roda
Gigante
Instante-adiante-amante
            Presa do vício
            Da rima mais pobre
            Roubando o suplício
            Do mau e do nobre

Sem culpa, sem nexo
Sem rosto e sem sexo
                                            
                        Tanta tinta e tanto tule!
                        Não há quem anule
                        Os disfarces do palco
                       
                        Somente eu vaio
                        Minha falta de ensaio
                        O peito que dói
                       
Vertigem e caio
Ah, truque tão velho:


Você, meu espelho




(fio de inspiração furtado de http://www.strongconviction.blogspot.com/. Recomendadíssimo!)

6 comentários:

  1. Se isto é falta de ensaio, que será quando ensaiar...!
    Gostei muito, Lucia!

    beijo :)

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  2. Lucia,
    Eu me senti tão prestigiada. Obrigada por me ler. Você não sabe o quanto é MARAVILHOSO saber que alguém me lê e gosta do que lê. Obrigada.
    E olha só...vim parar aqui. Se gostei? Claro! Como não te achei antes?! Já estou seguindo você, não tem jeito! rs
    Um beijão!!!

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  3. Não há o que dizer postumamente a isso, há?
    Genial

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  4. Que honra, senhorita Lucia, por te servir de inspiração e mais ainda por ser recomendado!
    Estou lisongeado, obviamente!

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  5. que texto lindo...

    sem mais,

    meus parabéns!

    bjs

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  6. um grande poema para um grande talento!
    lindíssimo!

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